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Conhecendo Cambará do Sul e o Cânion Itaimbezinho com a Trip Tri

Como vocês já sabem, a Pão Dura firmou uma parceria com a Trip Tri, uma agência de viagens incrível, focada em ecoturismo e viagens econômicas. A nossa primeira viagem foi para Lageado Grande e Parque das Cascatas, e, no final de semana passado, fizemos mais uma viagem com eles para o Cânion Itaimbezinho!

O passeio pelo Cânion Itaimbezinho tem duração de um dia (das 6h às 20h) e sai por R$ 89.

Começando o dia

O primeiro contato que a gente teve com a viagem foi um e-mail completinho enviado na quinta-feira, que traz informações sobre o que levar, horário de saída, dinâmica do passeio etc. Vale a pena ler todo ele, pois ajuda bastante a definir o que levar para os passeios e trilhas.

Saímos de Porto Alegre às 6h30 da manhã do domingo, Dia das Mães. Naquele mesmo dia, saíram também ônibus com destino a Gramado e Canela.

A primeira parada do ônibus é em frente ao posto Inca, ao lado do estacionamento da PUCRS. Depois o bus passa no estacionamento Haudy Park, ao lado da Estação Rodoviária de Porto Alegre.

A equipe da TripTri nos recebeu com um sorrisão no rosto e um abraço, o que já dá uma sensação boa, principalmente para quem saiu da cama às 5h da manhã de um dia chuvoso para pegar a estrada!

Quem nos acompanhou na viagem foi o Márcio, coordenador da viagem, e a Marli, a nossa guia. Eles conferiram os nossos dados e logo entramos no ônibus.

A partir daí a viagem seguiu, buscando outros passageiros em Canoas, São Léo e Novo Hamburgo. Quando todos os passageiros já estavam embarcados, os guias explicaram um pouco como seria o passeio e deixaram o microfone à disposição para quem quisesse se apresentar, falar com o trabalhava, estudava, quais eram seus interesses, time de futebol etc.

De primeira sempre parece meio constrangedor, mas é bacana saber mais ou menos o que o outro faz da vida, depois fica bem mais fácil engatar uma conversa, descobrir afinidades e quem sabe construir novas amizades.

A estrada até Cambará do Sul

O trajeto de 208 km até Cambará do Sul foi bem tranquilo, deu aproximadamente 3 horas de viagem. Como o ônibus é super confortável, os mais dorminhocos conseguem descansar um pouco e recuperar umas horinhas de sono. Mas aquela nuvenzinha de chuva parecia estar nos acompanhando durante todo o caminho, e o medo de que estivesse chovendo no Itaimbezinho era grande…

Chegamos em Cambará do Sul por volta das 9h30 e fomos direto para a Padaria Dois Irmãos, onde nos seria oferecido um café da manhã livre com o custo de R$ 13. Quase todos passageiros aceitaram a sugestão da TripTri e comeram na padaria mesmo. Outros preferiram trazer o lanche de casa e tomaram café com o que tinham, ou compraram algum salgado ou bolo por conta.

E o tempo continuava fechado ☹

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O café teve um ótimo custo-benefício: para comer, você podia escolher entre pão branco, pão francês e pão integral, presunto e queijo, bolo de cenoura e de chocolate, salgadinho de queijo e presunto ou frango e enroladinho de salsicha; para beber, suco de laranja, café preto e café com leite. Agora sim estávamos pontos para a trilha!

Não há horário de almoço nesse passeio, por isso a TripTri oferece a opção de na volta das trilhas (às 16h) os passageiros encomendarem um xis por R$ 10 como almoço tardio. Como imaginamos que não conseguiríamos segurar a fome, antes de sairmos da Padaria garantimos sanduíches naturais (R$ 4,50 cada) e um Gatorade (R$ 4,00). Para completar o piquenique, já havíamos trazido de Porto Alegre algumas frutas, castanhas e chocolate.

Seguimos então em um outro ônibus, menor e bem mais simples, que teve o custo de R$ 10 por pessoa, pagos na hora. Saindo da cidade, logo entramos em uma estrada de chão que estava um pouco ruim em função da chuva de dias antes.

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Durante os 20 km, a nossa guia, Marli, foi nos explicando a história do Parque Nacional e todas as espécies de plantas e animais que viviam naquele ecossistema. O trajeto até o Parque durou cerca de 30 minutos, nos quais nos esforçávamos para encontrar pelo menos um raiozinho de sol. Mas a Marli garantiu: “eu sou pé quente, gente, nunca peguei o Itaimbezinho fechado. O sol vai abrir”.

Quando já estávamos descrentes, eis que o sol resolveu aparecer, fazendo jus às palavras da Marli! É impressionante como o tempo muda completamente da cidade pro Parque!

O fenômeno da viração, neblina que vem dos cânions e muda o tempo de um minuto para o outro, não permite que seja feita uma previsão do tempo concreta para as áreas do Parque Nacional dos Aparados da Serra. Mas os guias explicaram que é bem comum fazer sol na cidade e chover nos cânions, ou vice e versa.

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Felizes, desembarcamos na sede do Parque, onde tivemos uma rápida explicação sobre os campos de cima da Serra e sobre todas as trilhas possíveis de percorrer na reserva. Dali, invertemos o cronograma e fomos para a trilha mais curta para aproveitar ao máximo o sol: a Trilha do Vértice.

Trilha 1: Trilha do Vértice

A Trilha do Vértice é a mais curta, com 1,3 km, de nível bem básico, com algumas subidas e descidas, mas nada demais. Em pouco minutos de caminhada já conseguimos avistar o Cânion Itaimbezinho.

 

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Durante a trilha há alguns pontos de parada, de onde se pode observar a paisagem. As cachoeiras estavam especialmente belas, pois havia chovido durante a semana!

 

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Em seu primeiro mirante é possível ver a Cascata das Andorinhas, que possui uma queda de aproximadamente 300 metros de altura. 

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No segundo mirante é possível ver a Cascata Véu da Noiva, com uma queda de 500 metros.

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No terceiro mirante é possível ver as duas cascatas e o início do Cânion Itaimbezinho, que é em forma de vértice e dá origem ao nome da trilha.

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Ida e volta da trilha nos tomou cerca de 1h30, principalmente em função das paradas para as fotos.

Trilha 2: Trilha do Cotovelo

Voltamos pela mesma trilha, passamos ao lado do Centro de Visitantes do Parque Nacional dos Aparados da Serra novamente e seguimos em direção à Trilha do Cotovelo. Essa sim era um pouco maior, com cerca de 6 km.

A trilha é muito bem sinalizada, dá pra fazer tranquilamente sozinho. A duração do percurso é estimada em três horas, porém este tempo é uma média, depende do condicionamento físico de cada um. O nosso grupo, talvez por ser menor, demorou pouco mais de 2 horas.

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Grande parte do caminho é em meio à mata nativa, com chão batido e plano na maior parte do tempo. Caminhar aqui é uma delícia! Nem se vê o tempo passar, de tão bom que é curtir as araucárias e o ar puro da região. Cada um pode caminhar no seu tempo, sem pressa nenhuma.

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O primeiro mirante já é de tirar o fôlego. É impressionante o poder da natureza: os paredões, de tão exuberantes, nos fazem sentir como formiguinhas.

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Nessa trilha há muitos mirantes, justamente porque o caminho ladeia a borda do cânion. A paisagem, de onde quer que se olhe, é incrível!

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No último mirante há um local com banquinhos de madeira para o pessoal sentar e apreciar a vista. Pois foi ali que escolhemos almoçar! Pegamos os sanduíches, maçãs e bergamotas e matamos quem estava nos matando: a fome!

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O pessoal do grupo que trouxe lanche também acabou fazendo o mesmo. O que se pode querer além de ficar apreciando esse lugar maravilhoso? Ficamos uns quinze minutos ali e depois pegamos a mesma trilha de volta.

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Tivemos muita sorte, pois o tempo se manteve firme durante todas as trilhas!

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Quase chegando no ponto final da trilha
Quase chegando no ponto final da trilha

 

Chegando no centro de visitantes do Parque, descobrimos um lugar muito bacana onde tudo o que tu falas dá eco. Fui uma das poucas que se arriscou a tentar (gritei “uhuuu”). É uma sensação bem bacana, e o eco é realmente muito forte.

Com isso, terminamos as trilhas! Finalizamos o trajeto perto das 15h30 e já pegamos o ônibus em direção a Cambará do Sul.

Almoço tardio e volta para Porto Alegre

Chegamos na Padaria Dois Irmãos para um almo-lanche antes de pegar a estrada de novo. Como comentei antes, a Trip ofereceu um xis por R$ 10 para quem quisesse. Como já tínhamos almoçado, acabamos pegando só um pão de queijo e uns salgadinhos para levar para a viagem (R$ 5,00).

Depois dessa pausa de uns 45 minutos, nos encaminhamos para o ônibus que nos levou até lá (aquele bem novinho e confortável) e seguimos caminho. Na volta, tivemos mais alguns minutos de interação e confraternização, e o Márcio e a Marli sortearam um brinde e distribuíram o cronograma da TripTri para as próximas viagens (acompanhado de Mm’s e de uma mensagem muito fofa dos pais do Tiago, criador da Triptri).

A viagem foi bem tranquila. Alguns passageiros ficaram em Novo Hamburgo, São Léo e Canoas, e nós chegamos em Porto Alegre, no estacionamento Haudi Park, por volta das 20h15. (E deu até tempo de jantar com a mãe no dia dela ☺)

Saldo da viagem: super positivo!

Adoramos a viagem! Conhecemos pessoas novas, tiramos muitas fotos lindas e fizemos nosso dia render demais com tantas experiências!

 

Turma da TripTri!
Turma da TripTri!

 

Esse tipo de trip nos faz perceber o quanto podemos aproveitar mais os finais de semana. Basta sair da zona de conforto, acordar um pouquinho mais cedo e estar disponível para novas experiências. Um dia desses faz a diferença na nossa semana super atribulada!

A TripTri proporciona diversos roteiros bacanas e super bem organizados. Vale conferir a agenda de passeios TripTri.

Um que eu super indico, pois já fiz anteriormente é a Trilha do Rio do Boi! São 8 horas de trilha (essa é para quem já tem um pouco de experiência com trilhas) por dentro do Rio do Boi. A turma passa um final de semana em Praia Grande e pode escolher fazer também uma trilha menor, a do Cânion Malacara (4h ida e volta). Vale muito a pena!

Para quem quiser conhecer o Cânion Itaimbezinho, no Parque Nacional dos Aparados da Serra, aqui vão as próximas datas da Trip Tri:

Cânion Itaimbezinho – 09/07

Cânion Itaimbezinho – 12/08

Cânion Itaimbezinho – 26/08

Mais informações sobre os passeios e tarifário no site Trip Tri.

Dicas para quem for visitar o Parque Nacional dos Aparados da Serra

Levem boné, roupa confortável e bota ou tênis adequado para trilha

Levem dinheiro em espécie para pagar o ônibus secundário

Levem lanchinhos, frutas e sanduíches, pois não há almoço na hora do almoço

Levem câmera fotográfica boa, vale super a pena ter fotos de alta qualidade desse visual

Estejam preparados para paisagens incríveis!

E se chover?

Pergunta importante! Se chover o passeio sai igual. Dependendo da intensidade da chuva, dá para fazer as trilhas do mesmo jeito. A Trip, inclusive, disponibiliza as capas de chuva.

Em relação aos passeios para Cambará, como o Cânion Fortaleza e o Itaimbezinho, não se preocupe: às vezes o tempo está muito ruim na cidade e nos cânions o céu está aberto. Varia muito. Não desista!

E qualquer coisa chama a Marli, que ela realmente tem pé quente para esse tipo de viagem! O céu abriu e ficou lindooo!

🙂

Valeu, Trip Tri!

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Sobre a autora

Priscila Daniel

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